Mesmo delegado envolvido em atuação arbitrária em Paraíso atenta contra a vida de sargento da Polícia Militar

27/04/2018 14/12/2018 16:07 1293 visualizações

A Associação dos Praças Militares do Estado do Tocantins (APRA-TO) manifesta, através desta nota pública, grande indignação e repúdio diante da atuação arbitrária e despreparada da equipe da Polícia Civil que, na noite da última quinta-feira, atentou contra o policial militar Sargento Rodrigues.

O Sargento da PMTO José Maria Rodrigues Amorim se encontrava em um bar na região de Taquaralto, durante a sua folga, quando foi abordado pelo delegado Cassiano Ribeiro Oyama, acompanhado de mais dois agentes da Polícia Civil, sob queixa de que o militar mantinha som automotivo com volume acima do permitido em veículo de sua propriedade.

Durante a abordagem, foram disparados três tiros contra o policial militar, um partindo do delegado e outros dois dos policiais civis que o acompanhavam. A Polícia Militar só foi acionada após ter sido efetuado o último disparo, quando o policial já se encontrava abatido no chão. Sargento Rodrigues não efetuou um único disparo contra os policiais civis, mas foi brutalmente alvejado pelos agentes sem direito a defesa.

A APRA-TO lembra que o delegado envolvido no atentado contra o Sargento Rodrigues, foi o mesmo que há um ano, de maneira desrespeitosa e desmedida, invadiu o quartel da PM em Paraíso para executar um mandado de prisão contra policiais militares. Na época, o delegado Cassiano Ribeiro Oyama invadiu a segunda casa dos militares sem qualquer comunicação prévia com o Comandante Geral da PMTO, com o comandante do Batalhão ou com os militares pertencentes a unidade.

Ontem, de maneira semelhantemente arbitrária e desumana, o delegado e sua equipe usurparam uma função que não lhes cabia, atentaram contra a vida de um grande profissional da segurança pública, pai de família, e cidadão tocantinense. Cabendo destacar aqui que em ocorrências de transtorno a ordem pública, incluídos os casos provocados por infração sonora, os órgãos competentes a serem acionados seriam a Polícia Militar e/ou a Guarda Metropolitana.

Diante da grave situação gerada por tamanho despreparo e violência desnecessária por parte da equipe de Polícia Civil, a APRA-TO exige apuração rigorosa do caso por parte dos órgãos competentes. A Associação espera que a OAB, o Ministério Público, e os Direitos Humanos, apresentem a mesma habilidade com a qual atuaram em relação ao caso do Delegado de Polícia Marivan da Silva Souza, alvejado superficialmente por um policial militar no município de Guaraí, em outubro do ano passado, em procedimento padrão da PMTO.

Por fim, a APRA-TO espera que os orgãos competentes tomem providências para que seja solicitada a prisão preventiva dos policiais civis envolvidos no atentado à vida do Sargento Rodrigues, sendo tal medida indispensável para se tenha uma investigação isenta, com o objetivo de que seja feita justiça e os culpados sejam responsabilizados e devidamente punidos.

O sargento João Victor, presidente da APRA-TO, informa que hoje às 14h estará na Promotoria para tentar falar com o promotor da área criminal, solicitando uma investigação isenta por parte das instituições. O presidente informa ainda que disponibilizará total apoio jurídico aos familiares do Sargento Rodrigues.